Escolas do Estado anunciam que começarão greve na segunda-feira
Os alunos da rede estadual do Grande ABC foram prejudicados com o não comparecimento de parte dos professores nas escolas ontem. O motivo da ausência foi a assembleia realizada durante a tarde na Praça da República, Centro de São Paulo, que reuniu 10 mil funcionários. Na reunião foi determinada greve a partir de segunda-feira por tempo indeterminado.
Na EE Idalina Macedo Costa Sodré, em São Caetano, os alunos foram avisados na quinta-feira que nem todos osprofessores compareceriam. "Tivemos de manhã aula de Português e Filosofia, mas nem foi passado nada. Tinha uns sete alunos na sala", diz a aluna Beatriz Gonzales da Silva, 15 anos, do 2° ano do Ensino Médio.
A Secretaria Estadual de Educação não informou quantos alunos ficaram sem aula na região, nem o número de professores que não compareceram às escolas. Também não esclareceu se haverá reposição das aulas perdidas.
Sindicato quer reajuste salarial de 34,3%
Os professores da rede estadual de São Paulo que compareceram na tarde de ontem na Praça da República, no centro de São Paulo, reivindicaram um reajuste salarial de 34,3%. Após a votação da greve, os professores saíram em passeata até a Praça da Sé. "A assembleia foi satisfatória, tivemos o comparecimento em massa de representantes de todas as regiões da Grande São Paulo. Um fator muito relevante foi a aprovação da greve por unanimidade, uma coisa muito rara", afirmou Maria Izabel Azevedo, Presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).
Outra reivindicação é o fim do programa de promoção por mérito, que institui uma prova para dar aumentos anuais apenas para os 20% melhores classificados.
Os professores que defendem a greve foram orientados a ir a suas escolas na segunda-feira apenas para explicar a situação aos pais e alunos. Na terça e quarta o sindicato vai tentar convencer os professores que não aderiram à greve a se juntar ao movimento. Na sexta, está prevista a realização de nova assembleia.
A Secretaria de Educação não se pronunciou oficialmente sobre a convocação da greve. Representantes disseram que o governo pretende esperar até a próxima semana para avaliar o alcance da paralisação e decidir o que fazer.
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